Enchanted - Uma História (mesmo) de Encantar



Houve um ano, talvez 2008 ou 2009, em que escrevi convictamente ao Pai Natal que queria "o filme em que ela é princesa e age como todas as princesas", ou algo do género. Desde muito cedo me apaixonei pela história, mesmo na minha fase de aversão a princesas e coisas do género (a pré-adolescência, vocês sabem) continuava a amar. A sério, não tentem falar mal do filme à minha frente porque vou defendê-lo com unhas e dentes. 

Giselle (Amy Adams), princesa, cai numa fonte passando um portal mágico entre os contos de fada e a nossa realidade. Chega a Nova Iorque através de um esgoto no meio de uma estrada e rapidamente vê que não está no seu mundo. Nos primeiros momentos percebe que as pessoas não são assim tão amáveis, à exceção de Robert (Patrick Dempsey, sei que devem conhecer de Grey's Anatomy) e da sua filha Morgan (Rachel Covey). Eles acabam por levar a desconhecida para casa (não aconselho a ninguém). Giselle passa os dias à espera que o seu Príncipe encantado a venha salvar e, claro, nem tudo acontece como estamos à espera. 



Foi dos últimos filmes a ter animação 2D e que saudades tenho deste tipo de animação. A partir do momento em que descobriram o 3D parece que ignoraram completamente outros formatos. Infelizmente, parece ser dos filmes menos falados da Disney, apesar de na altura até ter tido sucesso. Curiosamente, descobri que várias pessoas da minha idade desconhecem a sua existência. Não sei se alguma criança (de agora) já o viu mas é por isso que está aqui hoje. Decidi trazer-vos o Uma História de Encantar para explicar a sua relevância e atualidade. 


(Giselle e o Príncipe Edward)

(Rainha Narissa - ou bruxa má, porque todas as histórias de princesas têm de ter uma)

O que me fascinou quando saiu foi a transição de animação para live action (de bonecos para pessoas). Nenhum filme de criança hoje em dia é capaz de fazer o que este fez, sinceramente. Sim, o Frozen também não, desculpem se parti corações. É muito bom mas sou da opinião que se deveria dar menos atenção ao Frozen e mais a estas jóias escondidas da Disney. Este foi planeado tão meticulosamente, tem tantas referências escondidas que muitas delas só me apercebi quando revi para escrever este comentário.

É um clássico que toda a gente deveria ver, independentemente da idade. Este filme aquece-nos o coração e dou por mim a sorrir o tempo todo quando o vejo. As músicas são incríveis e dão todas a mesma sensação dos clássicos de princesas como A Bela Adormecida, A Branca de Neve, etc. Mesmo a versão dobrada em português fez um excelente trabalho, manteve a essência da música e adaptou-a ao público infantil português (trabalho excelente de tradução). 



A personalidade da Giselle é tão doce e adorável que se alguém tentasse odiá-la acho que não seria capaz. E alguma vez viram uma princesa a fazer vestidos a partir de cortinados? Não? Exato. A Amy Adams é incrível, neste filme e nos outros todos (mas ainda não estão prontos para essa conversa). Ela tem uma voz de anjo, é a perfeita princesa e a sua performance só mostra isso. E o esquilo, adoro tanto o esquilo, pico de comédia do filme todo.



Adoro o twist que o filme dá à história de princesa dos contos de fada com o mundo real. Faz qualquer pessoa sentir como se também pudesse ser uma princesa e realizar todos os seus sonhos independentemente da realidade em que vive. É um filme perfeito para mostrar em tempos de pandemia com as crianças ainda meio que fechadas em casa. Também eleva os espíritos dos mais velhos que têm um futuro incerto pela frente. É esse o poder do seu positivismo e é por isso que ainda é importante. Acho mesmo que é um filme que não envelhece. Vai sempre ter alguma mensagem para alguém e é isso que qualquer produção cinematográfica deve tentar fazer. 

Este filme era um dos meus mais queridos quando era criança (continua a ser) e tenho pena que agora mal se fale nele. Acredito que muitas crianças pelo mundo inteiro se iriam apaixonar. Por isso, aconselho todos os pais, tias,  tios, avós, madrinhas, padrinhos, irmãos, primos, babysitters, ou seja o que for, a pôr as vossas crianças a ver esta história e prometo (com 100% de certeza) que até vocês vão adorar. 




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